Tela de computador exibindo dashboard com gráficos de fraude e chargebacks em ambiente corporativo moderno

Quando comecei a acompanhar o universo das transações digitais, percebi o quanto as regras para monitorar fraudes e lidar com chargebacks mudam rápido. Agora, com o novo programa VAMP da Visa, essa transformação ganhou ainda mais força. Resolvi contar um pouco do que observei e aprendi sobre esse tema tão relevante para quem tem negócios online. Especialmente após outubro, quando o cenário ficou mais rigoroso para lojistas e adquirentes.

O início da mudança: A implementação do VAMP

Fui pego de surpresa quando vi que, a partir de 1º de outubro, a Visa realmente começou a aplicar o novo programa de monitoramento. Houve um período de adaptação entre abril e setembro – quase um “aquecimento” sem penalizações. Isso permitiu que as empresas se preparassem, mas agora, as regras passaram a valer de verdade, incluindo penalidades para quem ultrapassa os limites. E para quem gosta de planejar, já adianto: a partir de janeiro do próximo ano, essa rigidez vai aumentar ainda mais, ampliando o escopo para casos chamados de ‘Above-Standard’.

Por que esse novo programa foi criado?

Segundo meus estudos e pesquisas, o principal objetivo do Visa Acquirer Monitoring Program é responder a um problema de escala global. O VAMP passa a cobrir quatro vezes mais casos de fraude e monitorar mais de US$ 2,5 bilhões em perdas globais. Isso não é pouca coisa.

Em um mundo onde fraudes se tornam mais sofisticadas e chargebacks são cada vez mais frequentes, era esperado que os programas antigos se tornassem obsoletos. O VAMP nasce para unir e evoluir as antigas estruturas de monitoramento, trazendo mais clareza e eficiência tanto para quem vende quanto para quem processa pagamentos.

O novo cálculo central: como o índice é medido

Uma das maiores novidades que percebi é a forma como o índice de fraude e disputas passa a ser calculado. Agora, os dados de fraudes (conhecidos como TC40) e de chargebacks (TC15) são somados para formar um único índice de risco. Antes, era comum a duplicidade: quando a mesma transação aparecia nos dois relatórios, acabava contando duas vezes. Isso acabou.

Esse índice combinado impacta especialmente incidentes conhecidos como “friendly fraud” – aqueles em que a contestação parte do próprio titular do cartão, mesmo tendo realizado a compra. De acordo com dados recentes que vi, eles representam cerca de 75% das disputas. No programa novo, uma transação dessas pode gerar dois registros negativos pelo mesmo acontecimento. O resultado? O risco de ultrapassar limites cresce rapidamente para lojas que ainda não têm bons controles.

Fraude amigável é hoje o principal desafio para quem trabalha com vendas online.

Entendi também que, nessa atualização, a Visa busca tornar todo o ciclo de monitoramento mais justo. Não faz mais sentido penalizar duplamente uma empresa por um único evento, mas, ao mesmo tempo, deixa o alerta ligado para reincidências – um sinal para investir melhor em prevenção e análise.

Impactos diretos e indiretos para empresas

Aqui, na minha análise, o impacto não é igual para todos. A maior parte das penalidades recai sobre os adquirentes (quem processa o pagamento), mas existe uma categoria chamada “Merchant Excessive” feita exatamente para lojistas considerados de alto risco. São empresas que superam 1.500 ocorrências mensais. Para a América Latina e regiões como CEMEA, os limites são até mais baixos.

Para pequenas e médias empresas, o impacto inicial parece discreto. Elas costumam pagar apenas as taxas padrão de chargeback, algo entre US$ 15 e US$ 30. Mas, grandes varejistas ou quem opera com alto volume precisa ficar atento: podem ser inseridos em programas de monitoramento, obrigados a reservar valores elevados de garantia, ou até perder suas contas se o padrão de fraude for considerado fora do aceitável.

  • Pequenas lojas: impacto indireto, preocupações menores se índices estiverem dentro do padrão
  • Médias e grandes: risco de reservas obrigatórias, monitoramento intenso e bloqueio de contas
  • Todos: bancos e adquirentes mais rigorosos, custos podem ser repassados ao lojista

É curioso, mas mesmo para aquelas lojas condenadas a poucos chargebacks ou fraudes, os efeitos podem aparecer de outra forma. Os adquirentes tendem a repassar custos e exigir controles mais rígidos dos seus parceiros comerciais. E, claro, estão mais atentos a qualquer sinal de risco, podendo encerrar a relação com lojistas que julgarem problemáticos.

As relações entre adquirentes e lojistas mudam

Uma das conclusões que tirei ao estudar o VAMP é que as relações entre bancos, adquirentes e lojistas vão mudar bastante. Não basta mais “apagar incêndio” depois do prejuízo acontecer. Vai existir uma cobrança maior pelo controle preventivo.

Entre as mudanças, destaco:

  1. Exigência de controles mais rigorosos já na contratação de lojistas
  2. Monitoramento constante de índices de fraude e disputas
  3. Penalidades e tarifas maiores para lojas em faixas de risco
  4. Cancelamento mais rápido de contas consideradas arriscadas

Essa postura mais ativa dos adquirentes vai obrigar quem vende online a repensar processos, desde a execução da venda até o atendimento do cliente. No fim das contas, ninguém quer correr o risco de perder a conta bancária ou de pagamentos por não cumprir as novas exigências.

Equipe analisando monitoramento digital de fraudes em uma tela grande Como o lojista pode se preparar (ou se proteger)?

A minha principal sugestão é: aja de forma preventiva. Não espere tomar golpes, perder vendas ou receber um aviso. Isso ficou claro para mim ao perceber o quanto as exigências aumentaram com o novo programa. Algumas recomendações para esse momento:

  • Implemente sistemas de detecção de fraude em tempo real
  • Mantenha o atendimento ao cliente fácil e ágil, reduzindo atritos
  • Garanta descrições claras nos extratos, evitando confusões na identificação da transação
  • Utilize ferramentas como Order Insights e Compelling Evidence 3.0
  • Ative alertas de chargeback e reaja rapidamente quando for notificado

Também é válido aprimorar a integração de sistemas antifraude. Eu já citei no meu blog um guia sobre erros comuns de integração antifraude. Pequenos deslizes podem custar caro agora, considerando o novo padrão de monitoramento.

Outra sacada é buscar informações constantes sobre mudanças em pagamentos digitais. Além de textos como este, mantenho uma seção exclusiva sobre fraudes online e também sobre pagamentos digitais. Um conhecimento atualizado faz toda a diferença.

Reduzir fraudes e disputas é obrigação diária

Com o VAMP em vigor, não adianta mais só reagir após o problema. É preciso trabalhar para cortar fraudes e disputas simultaneamente. Só assim os índices vão diminuir. Falando nisso, escrevi um artigo sobre sinais de alerta para evitar perdas com chargeback, que pode ajudar muita gente perdida nesse novo contexto.

Prevenir é sempre melhor do que remediar.

No fim, um comércio digital seguro se constrói com esforço diário. Ferramentas terceirizadas, como aquelas oferecidas por empresas especializadas, podem ser aliadas valiosas. A Rapid, por exemplo, é uma alternativa oficial no Brasil, homologada por grandes bandeiras e oferece soluções que simplificam o monitoramento, ajudam a reduzir prejuízos e otimizam a comunicação para evitar essas ocorrências antes que elas deixem marcas no histórico.

Já comentei em outros textos sobre boas práticas para e-commerce, saas, marketplace, gateway e recomendo um guia prático de proteção antifraude, pensado para quem quer seguir alinhado com as novas exigências do setor.

Conclusão

Pensando em tudo que vi sobre o novo programa de monitoramento da Visa, minha percepção é de que estamos diante de um marco para o setor de pagamentos digitais. O VAMP não apenas endurece as regras, mas incentiva uma transformação real no jeito de realizar, acompanhar e proteger transações. Adotar boas práticas e investir em soluções qualificadas, como a Rapid, deixa qualquer negócio à frente dos riscos e mais preparado para crescer de forma sustentável.

Se você quer operar tranquilo, crescer sua receita e manter relações saudáveis com parceiros financeiros, pare e reflita: como anda o controle das suas vendas online? Aproveite e solicite uma demonstração da Rapid ou entre em contato para conhecer soluções que realmente protegem e expandem seu negócio. O momento de mudar é agora.

Perguntas frequentes sobre o VAMP da Visa

O que é o VAMP da Visa?

O VAMP (Visa Acquirer Monitoring Program) é o novo programa global da Visa criado para monitorar e controlar casos de fraudes e disputas de chargebacks de maneira integrada. Ele reúne em uma única estrutura as análises que antes eram feitas separadamente, tornando a gestão de riscos mais clara e eficiente para toda a cadeia de pagamentos.

Como o VAMP ajuda no combate a fraudes?

O VAMP amplia o escopo de monitoramento e utiliza um índice unificado para identificar padrões suspeitos, cobrindo quatro vezes mais fraudes e monitorando mais de US$ 2,5 bilhões em perdas mundiais. Ao exigir controles mais rígidos, ele incentiva lojistas e adquirentes a atuar de forma preventiva, fortalecendo o ecossistema contra golpes.

Quais mudanças o VAMP traz para chargebacks?

A principal mudança é que agora, fraudes (TC40) e chargebacks (TC15) são consolidados em um só índice de risco, evitando duplicidades, mas trazendo mais rigor para reincidências e para casos de friendly fraud. Novas penalizações, programas de monitoramento e custos mais altos aguardam quem ultrapassar os limites estabelecidos.

Vale a pena usar o VAMP no meu negócio?

Na verdade, o VAMP não é uma opção, e sim uma realidade do setor para quem trabalha com pagamentos Visa. Mas, estar alinhado com as exigências do programa e com soluções como a Rapid é um diferencial para proteger operações, reduzir perdas e criar relações mais saudáveis com adquirentes e bancos.

Como ativar o monitoramento VAMP na minha empresa?

O monitoramento VAMP é automático para qualquer empresa que processa pagamentos Visa – a questão é como se manter dentro dos limites seguros. O ideal é investir em sistemas de prevenção, atendimento ágil e buscar orientações de soluções como a Rapid, que facilita a integração, o acompanhamento em tempo real e a reação rápida aos riscos.

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Alexander

SOBRE O AUTOR

Alexander

Alexander é um profissional dedicado ao universo digital, com grande interesse por soluções que melhoram a segurança de transações online e a experiência de empresas no setor financeiro. Com anos de experiência em comunicação, tecnologia e web design, Alexander ajuda negócios a compreender e implementar ferramentas que garantam operações mais seguras e eficientes, minimizando riscos e prejuízos causados por fraudes, sempre buscando inovar em estratégias para o ambiente digital.

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