Recentemente, percebi uma agitação grande no mercado de pagamentos online com as discussões sobre o novo Visa Acquirer Monitoring Program, conhecido pelo acrônimo VAMP. Sempre trabalhei com prevenção a fraudes, chargebacks e compliance, então posso dizer que acompanhei de perto a evolução desses programas de monitoramento. E agora, com a grande atualização prevista para abril de 2025, quem atua como adquirente, facilitador ou até mesmo como comerciante precisa compreender o que mudou, os riscos que envolvem seu negócio e como soluções como a Rapid se encaixam em estratégias para evitar problemas sérios.
O que é, afinal, o Visa Acquirer Monitoring Program (VAMP)?
Posso resumir da seguinte forma:
O VAMP monitora o desempenho dos bancos adquirentes e dos comerciantes em relação a fraudes e chargebacks, promovendo integridade no sistema de pagamentos Visa.
Em outras palavras, o programa existe para proteger todos os envolvidos nos pagamentos eletrônicos das consequências negativas dos chargebacks, que, além de prejuízos financeiros, podem prejudicar a reputação das empresas e minar a confiança nas transações digitais. Não só comerciantes, mas adquirentes e facilitadores entram aqui no foco.
Antes da atualização prevista para 2025, o controle era mais individualizado, olhando para cada comerciante. Agora, a Visa decidiu simplificar processos e ampliar o olhar, focando o portfólio completo do adquirente. Isso traz mais flexibilidade, mas ao mesmo tempo, transfere mais responsabilidade para as instituições. Fica claro que manter índices baixos de fraude e disputa virou missão coletiva. Já vi empresas ficarem em situações desconfortáveis por ignorar esses detalhes.

Os números que mais importam: como a Visa mede o desempenho
A metodologia agora ficou mais transparente, mas também mais abrangente. A Visa fará uma avaliação mensal das transações processadas, observando principalmente três pontos:
- Índice de fraudes
- Índice de chargebacks (disputas)
- Transactions enumeradas (enumeração), que é quando criminosos tentam adivinhar dados válidos de cartão
Isso significa que, mesmo que uma empresa trabalhe com volumes altos, se as fraudes começarem a pesar, o índice impacta todo o portfólio. Já acompanhei casos em que essa reflexão só chega na prática, quando as consequências batem à porta.
Dois níveis diferentes de monitoramento
De acordo com os parâmetros mais recentes que pesquisei, o programa passa a contar com dois níveis de restrição:
- Above Standard: quando os índices ultrapassam o padrão e acendem o sinal amarelo, indicando aumento importante em fraudes ou disputas.
- Excessive: para situações graves em que o portfólio do adquirente está, de fato, fora do controle, demandando revisão profunda dos processos. Nesses casos, pode até ocorrer análise individual dos comerciantes daquela carteira e, se necessário, intervenção sobre facilitadores de pagamento.
As novas faixas de limites e os alertas do VAMP
Ficou mais fácil acessar os dados. A tabela com os limites é bastante direta, com faixas que mudam de acordo com o mercado, mas que, na média global, funcionam assim:
- Early Warning: 40 a 50 bps (pontos base) mensais
- Standard: 50 a 70 bps
- Excessive: acima de 70 bps
- Merchant Excessive: 90 a 220 bps, dependendo da região
Além do percentual, há também um volume mínimo de disputas (como 100 por mês) e de fraudes (como 50 por mês) a ser considerado para o portfólio entrar em monitoramento. Achei interessante notar, durante a leitura das regras, que isso limita o efeito, evitando que baixíssimos volumes distorçam o indicador.

Resoluções pré-disputa e o impacto nos índices do VAMP
Uma notícia positiva, que confesso que me animou bastante, é que agora as resoluções feitas através de ferramentas oficiais de pré-disputa, como CDRN, RDR e Compelling Evidence 3.0, não entram no cálculo dos índices de disputa do VAMP. Ou seja: ao resolver uma disputa nesses canais antes que ela se torne efetiva, não se prejudica o indicador global do adquirente.
Isso beneficia não só quem opera o canal, mas também comerciantes que buscam se defender de contestação de compras legítimas. Aqui, iniciativas como a Rapid se mostram essenciais para acionar alertas em tempo real e permitir resposta rápida antes de virar um problema no monitoramento. Se quiser saber mais sobre boas práticas em integrações, recomendo uma leitura no artigo Erros comuns em integrações antifraude, pois enviar dados corretamente pode ser o divisor de águas.
O risco de multas: quando elas podem acontecer e quem pode ser afetado?
Quando um adquirente ultrapassa os padrões do VAMP, ele é colocado sob observação. Caso não consiga corrigir a trajetória após o “período de carência” de três meses, passa a ser elegível para aplicação de multas. As penalidades variam conforme a região e o nível do excesso, podendo ser bastante pesadas em mercados maduros.
É importante dizer que, para algumas regiões como Europa e Ásia-Pacífico, onde já existem taxas específicas de disputa em operações não seguras, essas multas do VAMP podem não ser aplicadas. América Latina, por enquanto, também está de fora, mas tudo pode mudar rápido nesse setor. E um ponto alarmante: mesmo os facilitadores de pagamento podem ser incluídos no monitoramento, e um comerciante isolado pode fazer toda a diferença no portfólio do adquirente, afetando todos os outros.
Como funciona a notificação do VAMP?
Pela minha experiência acompanhando processos, assim que um adquirente entra em monitoramento pelo Visa Monitoring Program, ele recebe uma notificação detalhada pela Visa, contendo:
- Os motivos que levaram ao enquadramento
- Melhores práticas recomendadas
- Prazo para resposta e ação corretiva (normalmente 15 dias)
- Conseqüências e próximos passos, inclusive sobre multas
Nessa hora é que percebo o valor da preparação e do uso de plataformas robustas. Com a proteção contra fraudes em tempo real, ações podem ser tomadas rapidamente, antes do problema se agravar.
A grande novidade tecnológica: OneERS e o novo painel de risco
A Visa anunciou uma plataforma chamada OneERS baseada em Microsoft Dynamics, que ficará acessível pelo Visa Online. Esse painel dará visibilidade total ao adquirente sobre seus índices, automação de tarefas e acompanhamento dos seus planos de ação. Bem mais transparente e, quero crer, eficiente para quem está sempre de olho nas métricas e precisa de respostas rápidas, o que já é rotina para quem utiliza soluções como a Rapid, que oferece dashboard prático e integração facilitada.
O início efetivo com multas só será em 1º de outubro de 2025, após um período de adaptação que vai de abril a setembro. Tenho sugerido aos parceiros que vejam esse intervalo como uma janela para reconstruir controles e ajustes, evitando surpresas desagradáveis lá na frente.
Importância de usar ferramentas oficiais de resolução e ajustar controles
O novo VAMP deixa o recado: é preciso usar todas as ferramentas de prevenção e resolução oficiais. Disputas resolvidas por canais como CDRN, RDR e evidências robustas (Compelling Evidence 3.0) não contam nos índices do programa. O benefício extra? Evitam restrições duras de outros controles Visa, permitem redução de reservas financeiras e, até, melhores taxas de autorização de transações.
Existe uma exceção importante: a América Latina não entra nessas regras, mas em outros mercados o benefício pode representar até 90% menos exposição a disputas dentro do portfólio. Vi essa diferença na prática com empresas de fora, e quem já atua internacionalmente precisa ficar ligado. Para entender sobre os sinais de alerta de chargeback e como evitá-los, recomendo o artigo 7 sinais de alerta para evitar chargebacks online.
Oportunidades e recomendações finais para negócios digitais
A chegada dessa atualização do Visa Monitoring Program, na minha visão, não deve ser vista apenas como ameaça, mas como oportunidade de elevar o padrão de controle de fraude nos negócios digitais. Utilizando soluções reconhecidas e homologadas, como a Rapid, comerciantes e adquirentes garantem redução de prejuízos, adoção facilitada de novas tecnologias e, de quebra, conseguem balizar suas operações dentro das novas exigências. Vale acompanhar outros conteúdos sobre pagamentos e fraudes digitais para ficar sempre atualizado.
Se você sente que precisa fortalecer os controles do seu negócio para a nova fase do VAMP, recomendo fortemente que experimente uma demonstração da Rapid. Assim você protege seu fluxo financeiro, evita surpresas e faz parte de um ambiente digital onde a confiança cresce de verdade. Entre em contato e veja como podemos te ajudar a seguir tranquilo rumo ao crescimento!
Perguntas frequentes sobre o novo VAMP 2025
O que é o programa VAMP da Visa?
O VAMP, ou Visa Acquirer Monitoring Program, é um programa criado pela Visa para monitorar o desempenho dos adquirentes e seus comerciantes em relação a índices de fraudes, chargebacks e práticas suspeitas, mantendo a segurança e a integridade do sistema de pagamentos Visa. O foco é garantir que toda a cadeia de pagamentos digital opere de forma confiável para emissores, adquirentes, comerciantes e consumidores.
Como funciona o novo VAMP 2025?
O novo modelo, vigente a partir de abril de 2025, passa a avaliar o portfólio total do adquirente, em vez de analisar apenas os comerciantes individualmente. São calculados índices mensais de disputa, fraude e tentativas de enumeração. Existem faixas de alerta, padrões e níveis excessivos. Resoluções feitas através de ferramentas oficiais como CDRN e RDR não entram nos índices, tornando o gerenciamento de risco mais justo e flexível para quem adota boas práticas.
Quais mudanças o VAMP traz para adquirentes?
De modo geral, o maior impacto é o aumento da responsabilidade do adquirente em toda a sua carteira de clientes. Os limites agora são calculados por portfólio, e não só por volume individual. O adquirente recebe notificações formais se ultrapassar limites, tem prazo curto para resposta e pode ser multado em caso de não conformidade. Além disso, toda integração de dados precisa estar impecável para que o monitoramento seja preciso.
O que acontece se não cumprir o VAMP?
Se, após o período de adaptação e as notificações, não ocorrerem ajustes satisfatórios, o adquirente fica sujeito a multas que variam conforme região e reincidência. Em situações graves, pode haver restrições de atuação, bloqueio de estabelecimentos e até exclusão do sistema Visa.
Como se preparar para o VAMP 2025?
O caminho prático é monitorar frequentemente os índices de disputa e fraude, investir em ferramentas homologadas como a Rapid para defesa proativa e usar canais oficiais de resolução pré-disputa. Durante o período inicial (abril a setembro de 2025), é recomendado fazer testes, revisar processos e treinar as equipes sobre os novos padrões e tecnologias, como o OneERS. Manter atenção a conteúdos de referência sobre segurança e fraudes digitais é outro passo valioso.